Adeus, Hipocondria - Prolixidade da vida.

Sentia que tinha uma força que regia todos os meus atos.

Sentia-me impotente perante ela.

Sentia que tudo era uma ilusão.

Sentia que a existência era uma mera confusão.

Milhares de "bits" perdidos tentando decifrar os mistérios do meu subconsciente.

Dezenas de horas acordado, perturbado pela falta do R.E.M. inconsciente.

Dores, mentiras que a psicanálise explica.

Queria sentir a sensação de ser pulsante.

Sentir o sangue revivendo em cada grande circulação e ser alvo de palpitação inconstante.

São desejos. Desejos que a alma não calou, gritou.

Nunca saí da minha cadeira de rodas metafórica.

Sofria da hipocondria.

Nasci como o ser da discórdia.

Quero gritar para o tal Deus ouvir, tudo o que desde o nascimento obstrui.

Dizer que quero sonhar.

Viver num universo paralelamente.

Quero cantar todas as lágrimas que chorei quando inocente.

Quero dizer que infelizmente vivo num mundo já existente.

E que as fábulas ficaram num passado que me lembrei recentemente.

Adeus, Hipocondria, adeus.