CONFESSO...
Confesso que às vezes
Me descompenso
Entre os meus argumentos
Sem bem saber como
A eu fazer entender, achar...
Desse subito desanimo
Dessa incomoda maresia
Dessa atípica pasmaceira
Em que me deixei embrulhar
Confesso que às vezes me irrito
E me questiono porque tudo isso
Pra onde vou parar
Pra onde isso vai me levar
Qual é o tema da minha vida
Que estou a procurar
E de tantos por quês
Pego a minha vida
Estendo-a minha frente
Teço considerações
Conclusões
Fundamento questões
E permaneço
Quase que indiferente
E continuo a me perguntar
Onde está a minha rota
Acho que perdi a bússola
Ou será que nunca a tive
Para que pudesse me orientar?
Confesso que há momentos
Em que detesto sentir tudo isso
Todas essas coisas, mas as sinto,
E isso me torna vulnerável,
Não um fraco,
Mas, menos imune a que
As desventuras, vicissitudes
Possam me tocar
Daí surge sentimentos a alertar
Um upgrad em sua vida
De imediato você precisa dar
Mas, também confesso
Que cinco minutos após sentir tudo isso
Essas emoções esses sentimentos,
Apertando o peito exprimindo o coração
Volto a ter uma reação...
Sinto um pulsar de vida
Tão intenso tão forte
Como os ventos do norte
Vibrante, tão cheio de motivações,
De encantamento pessoal,
Ai me encho de uma força que me
Proporciona a olhar a vida
Como ele é afinal...
E, de que forma fui criado – fomos todos nós
Criados, como uma dádiva de Deus
Então me olho no espelho
E afasto o rosto, sem gosto
num frio de gelo
Pra não me ver
Meio que envergonhado
Calado, abismado
De me deixar sentir e envolver
Por tanta “pequenez”
que acontece, por vez...
Então aborto as angustia,
As aflições, os medos, os anseios
E novamente sem traumas,
Volto para a minha prancheta
com calma...
Onde lá esta planificada
Os meus ideais, os meus projetos de vida
Objetivos e metas,
E dou cor aos meus sonhos
E novamente volto a criar, a inovar
A acreditar
E a sonhar...
Eta! vida complexa!!!