Poeta da Intensidade

Sempre fui a poeta, nunca a poesia.

Errei fui poeta. Fui tão longe e me perdi nas minhas próprias rimas.

Errei fui poeta. Pensei que alguém corresponderia minhas poesias.

Errei. Coloquei intensidade demais, mas não mudarei, por mais que não consigam me compreender.

Eu errei, não só por ser poeta, mas por ser quem sou.

Errei e me arrependi, corri atrás, mas quando eu vi, simplesmente perdi.

Perdi o que tinha, e o que não tinha conquistei.

Eu errei, não dei o devido valor, não foi falta de amor, foi o excesso dele guardado e escondido.

Eu errei e devia ter mostrado meu sentimento, porém por tamanha intensidade eu preferi ficar calada.

Escondi esse amor, mas nunca deixei de senti-lo.

Eu errei, fui poeta. Espero ter de volta o que perdi, espero encontrar as faíscas que surgiam quando eu dava o valor devido, e sutilmente era retribuído.

Eu errei, fui poeta. Vou recuperar o que perdi, vou demonstrar toda a intensidade, e tudo que está silenciado dentro de mim.