AO MEU ALCANCE

Não posso nesses versos louvar

O amor de pessoas que um dia estimei,

De pessoas que jamais

Irradiaram a sua alegria no meu ser...

 

Mas, em serenidade e plenitude de alma,

Posso muito bem

Falar do meu amor por certos lugares e cidades

Que fizeram a festa no meu coração

E deram o seu abrigo e aconchego

Como uma mãe que acolhe

O seu filho entre afetos e ternuras.

 

E, principalmente, sei que eu posso

Testemunhar a fé que aprendi com o sagrado Deus do meu coração

Nos momentos mais propícios à redenção.

 

Não sei tampouco falar

Dos que na infância considerei

E de ilusórias demonstrações

De sua amizade e afeto.

 

Mas, com um misto de gratidão e plenitude,

Posso nos meus versos falar entusiasmadamente

Das estradas circundadas

Por paisagens verdejantes;

Dos mares ignotos revisitados

Pela minha memória;

De uns poucos entes queridos (mãe, avós, tios);

E das grandes esperanças de juventude,

Esperanças que até hoje resplandecem

Para continuar vivendo como alguém

A recriar o instante mais sublime e memorável.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 12/03/2024
Reeditado em 12/03/2024
Código do texto: T8018541
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