Quando o Carnaval voltar

Logo eu que sou tão intenso

Não vou poder te mostrar

O tamanho, o quão imenso

É o meu desejo

Logo eu que sou de beijar

Lamber, chupar, sugar

Morder, mordiscar, bater

Não vou poder provar

O gosto que gosto

Logo eu vou ter que esperar

Até poder me sentir de novo

Vivo, solto, livre

Uivando pelas ruas

Como um lobo

Logo eu que amo a boemia

Vou ter que me abster da orgia

Dos bares, da noite, da alegria

Dos brindes, das companhias

Tudo isso e muito mais, ah como eu queria...

Mas quando tudo passar

Quando o carnaval voltar

Quando puder abraçar

Ah, aí vocês vão ver

Como vou te cumprimentar

Com ósculos de derrubar óculos

Sem vergonha de ser sem vergonha

Aguardem porque se eu sobreviver

Vou ainda mais profundadamente viver

Vocês vão ver

José Rodolfo Klimek Depetris Machado
Enviado por José Rodolfo Klimek Depetris Machado em 08/04/2020
Código do texto: T6910197
Classificação de conteúdo: seguro