Atrás daquela porta
Às vezes ficamos presos ao silêncio, apenas vendo o tempo passar.
Às vezes esperando que alguém diga algo
E nos livre da agonia maligna do medo da solidão.
Às vezes esperando que as jaulas de nossa inconsciência se abram,
E que o destino aflore em lugares jamais vistos.
Às vezes tudo que existe em nós é nossa própria existência,
E o nada, entre o tudo se contradiz.
Às vezes Deus fala e queremos cala-lo,
Porque não conseguimos respeitar a força do seu amor.
Às vezes queremos compreender o invisível,
E não conseguimos ao menos explicar o que vemos.
Às vezes queríamos ter o poder de mudar o passado,
E esquecemos que todo o passado já foi presente e se faz presente.
Às vezes queríamos um sorriso, aquele sorriso,
Escondido atrás daquela porta que batemos sempre e de vez em quando,
Quando estamos terrivelmente esmorecidos e repletos de esperanças.
Às vezes o silêncio cala e o mundo volta ao normal,
Então ficamos confusos, desgostosos, inquietos, aflitos,
Porque o som da da solidão já não esta por perto, calou-se.