Atrás daquela porta

Às vezes ficamos presos ao silêncio, apenas vendo o tempo passar.

Às vezes esperando que alguém diga algo

E nos livre da agonia maligna do medo da solidão.

Às vezes esperando que as jaulas de nossa inconsciência se abram,

E que o destino aflore em lugares jamais vistos.

Às vezes tudo que existe em nós é nossa própria existência,

E o nada, entre o tudo se contradiz.

Às vezes Deus fala e queremos cala-lo,

Porque não conseguimos respeitar a força do seu amor.

Às vezes queremos compreender o invisível,

E não conseguimos ao menos explicar o que vemos.

Às vezes queríamos ter o poder de mudar o passado,

E esquecemos que todo o passado já foi presente e se faz presente.

Às vezes queríamos um sorriso, aquele sorriso,

Escondido atrás daquela porta que batemos sempre e de vez em quando,

Quando estamos terrivelmente esmorecidos e repletos de esperanças.

Às vezes o silêncio cala e o mundo volta ao normal,

Então ficamos confusos, desgostosos, inquietos, aflitos,

Porque o som da da solidão já não esta por perto, calou-se.

TAS
Enviado por TAS em 02/10/2007
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