Poema passageiro

Os amigos passam

E os olhos dos leitores também.

Os olhos amigos ficam,

Poesias me lembram.

Enquanto eu luto

Num mar de crocodilos,

Existem momentos de descanso,

Quando eu posso escrever aliviado.

Um ano de luta infinda,

Peleja travada de perto,

Eu finalizo aos poucos sincero

Uma estrofe que expressa o meu drama.

Uma poesia que relata

A sorte de um homem.

Irônico é a vida,

Porque sua doçura pode arder, se é que me entendem.

Mas a esperança da luz

Permanece na chama

Que oscila e seduz

O poeta que ama.

Ah condição duradoura,

Deverias acabar,

Visto que findas,

Mas insiste em ficar.

Percebo agora o fim,

Bem próximo dessa experiência angustiada,

Seguido de um começo afastado de mim,

Mas disso só uma coisa é boa, se minha experiência aguça.

H. P. Simões

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 23/09/2007
Reeditado em 27/01/2008
Código do texto: T664491
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