BEM QUERER
O tempo baço, os trôpegos passos, o cansaço,
O dilema, o estranho poema, o concreto traço.
O longe, mesmo estando perto,
A lágrima de sal, o intransponível deserto.
A fuga, as rugas, a bagagem,
O olhar movido por inúmeras miragens.
A insustentável, inevitável dor,
Os braços erguidos, o prolongado clamor.
As palavras perdidas, as rasuras,
A lucidez estendida para a loucura.
Os inquietos sentimentos, fragmentos de utopia,
Os pensamentos perdidos entre a noite e o dia.
E a vida, ah! a vida que resiste,
Inventa um novo tempo, não se omite.
A vida que contradiz a morte; me diz,
Se aceite, aproveite, sê feliz.
A fluidez, a hora e a vez da mulher-menina,
Coexistir, ouvir a vida, brincar com a sina.
A mudança, a dança, o jubilo, o motivo,
A oferta de um sorriso ao tempo vivo.
O olhar agora, movido pelo bem querer,
Ser feliz...? vou empreender...
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HLuna
MUDANÇA
A insustentável leveza do ser,
me fez de tudo esquecer.
Braços lassos de cansaço,
nem tenho coragem pro abraço.
Bagagem pesada demais,
meu ombro se verga - incapaz.
Mas a vida, a vida, a vida,
vale a pena ser vivida.
Tenho força, tenho garra,
solto as algemas, as amarras.
Preciso de uma mudança,
onde está a esperança?
Vejo-a à frente me acenando...
Espera por mim, estou chegando.
MUDANÇA
A insustentável leveza do ser,
me fez de tudo esquecer.
Braços lassos de cansaço,
nem tenho coragem pro abraço.
Bagagem pesada demais,
meu ombro se verga - incapaz.
Mas a vida, a vida, a vida,
vale a pena ser vivida.
Tenho força, tenho garra,
solto as algemas, as amarras.
Preciso de uma mudança,
onde está a esperança?
Vejo-a à frente me acenando...
Espera por mim, estou chegando.