Quintal de Casa

A menina que temia quem podia roubar a matéria

não imaginava todo o mal que existe.

Então veio o ladrão do que é subjetivo

e levou a inocência, o sorriso, os sonhos.

Arrancaram suas asas,

e mesmo assim ela voou, voou e voou...

Nas nuvens passou a brincar,

sem preocupar-se com os arranhões causados pelos tombos

ou com os remedinhos que mamãe aplica pra cicatrizar.

Lá não existe noite, muito menos o medo do escuro:

que faz a gente imaginar tanta coisa assustadora.

Os raios de sol brilham sem cessar,

e seu quintal agora é azul e de uma imensidão de perder de vista.

John Canere
Enviado por John Canere em 20/07/2017
Reeditado em 05/06/2019
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