Aos Dezessete

Dezessete cavalos ardentes em brasa

Queimando pastos por onde passam

Não mais os desejo a pisotear minhas terras

Selvagem! É vossa natureza

Incontroláveis, não podem mais guiar minha carruagem (Nem mais posso tê-la)

Vosso tempo em minha posse já é passado

Vão! Em galope desenfreado

Vossas marcas estarão para sempre no solo pisoteado

Somente delas, necessito para recordar-lhes

Tenho já minha nova montaria

Não o décimo oitavo cavalo, mas o primeiro a qual hei de me dedicar inteiramente

Pelo tempo que lhe é devido

Pelo tempo que lhe é preciso

E então liberta-lo

Pois assim, hei de viver e não mais acumular