Esperança

Quando falta a inspiração

E você não sabe a razão

Era o amor que o impelia

Ausentou-se aquela magia

Não havia perturbação

Que o demovesse de sua missão

Em toda situação escrevia

Os versos brotavam livres e você sorria

Escrevia sem pretensão

Bastava ter uma caneta à mão

Acabou-se a’legria

Por onde anda sua fantasia?

E quando estava sob forte emoção

Seu poema tinha (nela) a fonte de emanação

Escrevendo fazia sua folia

Quem o lia, com clareza entendia

Agora, pesa-lhe à mão

Suas palavras estão sem direção

Em agonia tem a sensação de asfixia

A fonte inspiradora parece estar vazia

É como se o poeta respirasse com sofreguidão

Como se estivesse em aparelhos de sustentação

Sua criação está em letargia

Procura com dificuldade sair da maresia

Hoje esse poeta pede perdão, se feriu o princípio da criação

Nesse poema em forma de oração

Quer voltar ao mundo da poesia, produzir sua biografia

Tendo Esperança e Deus como guia

Montteiros Dalton

Montteiros Dalton
Enviado por Montteiros Dalton em 17/06/2016
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