SÚPLICA DE UM NORDESTINO

Em lágrimas um nordestino sofredor,

Um desespero sem pudor,

Braços estendidos em súplicas,

Ó Deus! Porque tanta dor?

Um céu em brasa castigando,

Um nordestino em prantos,

Pés descalços em lamentos,

Terra seca queimando.

Lágrimas molhando o chão,

Incertezas que virão,

E a chuva? Não há de vir não?

Porque não cai uma gota neste chão?

Foram tantas as rezas,

Que a fonte secou,

Nada mais resta,

A não ser um deserto, estéril e sem cor.

Um nordestino em desatino, triste destino,

De quem a sina, ensina-te,

Que o lamento, é a tua esperança,

E teu choro, teu acalanto.

Mais Deus, não resistiu às preces e tanto insistiu,

Que a tua espera, fosse à divina inspiração,

E como magia fez-se o milagre,

A chuva molhou todo o sertão.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 11/10/2015
Reeditado em 21/10/2016
Código do texto: T5411363
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