Reconciliação
Desviei-me de ti e passei a olhar o homem,
E o meu castelo começou a ruir.
Esqueci-me de regar o meu jardim
E ele se tornou solo infértil.
Veio as aves do céu e roubaram as minhas sementes,
E as poucas que sobraram foram secadas pelo sol.
Tenho travado uma luta diária contra o meu eu interior,
Mas tem sido difícil, ele é gigante, tem me sufocado,
Tirando-me o sono e a tranquilidade.
Incontáveis são as vezes em que me vejo voltando ao teu amor genuíno,
Mas o medo do fracasso insiste em me controlar.
O que farei?
Para onde devo ir?
O choro daqueles que clamam por teu socorro tem sufocado a minha alma
Contudo, nada tenho feito para o teu reino.
Como poderia me levantar se nem ao menos consigo a ti me achegar?
Arma-me para que não seja emoção passageira,
Revista-me com uma fé inabalável,
Peço-te que me guie,
Diga-me o que queres que eu faça
E assim farei.
Oriente-me o caminho e o seguirei.
Capacite-me em teus projetos
E prontamente os edificarei.
Livrai-me dos que me perseguem
E o agradecerei.
Derrube os muros que me cercam
E em júbilos celebrarei.
Confie-me um talento
E o multiplicarei.
Aniquile o meu eu presunçoso,
Faça nascer um novo ser em mim,
Resplandecente de um coração puro,
Disposto a cumprir a tua vontade e o teu querer
Independentemente de tudo o que o mundo venha a me oferecer.