Reconciliação

Desviei-me de ti e passei a olhar o homem,

E o meu castelo começou a ruir.

Esqueci-me de regar o meu jardim

E ele se tornou solo infértil.

Veio as aves do céu e roubaram as minhas sementes,

E as poucas que sobraram foram secadas pelo sol.

Tenho travado uma luta diária contra o meu eu interior,

Mas tem sido difícil, ele é gigante, tem me sufocado,

Tirando-me o sono e a tranquilidade.

Incontáveis são as vezes em que me vejo voltando ao teu amor genuíno,

Mas o medo do fracasso insiste em me controlar.

O que farei?

Para onde devo ir?

O choro daqueles que clamam por teu socorro tem sufocado a minha alma

Contudo, nada tenho feito para o teu reino.

Como poderia me levantar se nem ao menos consigo a ti me achegar?

Arma-me para que não seja emoção passageira,

Revista-me com uma fé inabalável,

Peço-te que me guie,

Diga-me o que queres que eu faça

E assim farei.

Oriente-me o caminho e o seguirei.

Capacite-me em teus projetos

E prontamente os edificarei.

Livrai-me dos que me perseguem

E o agradecerei.

Derrube os muros que me cercam

E em júbilos celebrarei.

Confie-me um talento

E o multiplicarei.

Aniquile o meu eu presunçoso,

Faça nascer um novo ser em mim,

Resplandecente de um coração puro,

Disposto a cumprir a tua vontade e o teu querer

Independentemente de tudo o que o mundo venha a me oferecer.

Gabi Alves
Enviado por Gabi Alves em 18/09/2015
Reeditado em 12/02/2024
Código do texto: T5386093
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