Dança da solidão

Busco o amor em cada canto

Em qualquer canto um desencanto

Minha alma veste-se de dor

Resta tristeza destino sem cor

A noite chega a alma é vil

Dança a chama do meu corpo nu

Agiganta a tormenta e o desejo

Vida hostil é o que hoje vislumbra

O vento sopra e o ruído é forte

Frio vento minha alma gela

Pouca razão senão aquela

Que o silencio sempre cala

Meu vulto formidável e solitário

Estampa o manto da solidão

Caminho envolto em sombras

Não temo o que virá, tenho sonhos.