A beleza está na diferença!

Comida. Comida. Comida. Espelho. Culpa. Dor. Raiva. Banheiro. Vômito. Comida. Espelho. Culpa. Banheiro. Vômito. – Eu estou gorda, feia, quem vai me achar bonita?

Essa é a rotina impetuosa cometida contra si, de milhares de pessoas que sofrem com o distúrbio alimentar muito comentado, mas pouco reconhecido, e de fato, pouco conhecido como realmente é. Bulimia.

Trata-se de um distúrbio alimentar, no qual as pessoas se olham no espelho e não gostando da imagem que vêem de si próprias, acabam querendo alterar esta imagem a qualquer custo. Muitas vezes um custo muito alto a se pagar. Tudo porque eles olham no espelho e mesmo não estando, eles vêem-se gordos, feios, e então usam vários outros meios para emagrecer.

Nesses meios, eles utilizam laxantes, colocam o dedo na boca para vomitar, comer demais até colocar tudo para fora, entre outras formas. Tudo com um único meio: que a comida entra, mas logo saia, porém quase sempre depois vem o vazio. A comida foi para fora, e eles emagreceram, mas a pessoa gorda continua no espelho, pois isto vem do lado psicológico da pessoa.

Pode atingir pessoas mais jovens até as mais de idade, do sexo masculino e feminino, porém é uma doença que afeta cada vez mais jovens. Principalmente mulheres, por conta da exposição do corpo, fatores hormonais, etc.

Muitas pessoas levadas pelo marketing da TV – modelos magras, malhadas, com a famosa barriga negativa – ou até mesmo pela busca infinita da perfeição física ultrapassam os limites, e os mais prejudicados são eles mesmos.

Muitas vezes o portador da doença nem percebe, mas é uma doença que não pode mais ficar escondida ou reprimida. Essas pessoas são lindas pelo que são. Não pelo tamanho da roupa que usam. A TV faz propaganda da mulher magra com silhueta magérrima, ou a famosa brasileira com “formas de violão”, porém “Se as pessoas tomassem consciência de que a beleza está na diferença, esses transtornos não existiriam”.

Quem olha para si verdadeiramente, não vê um corpo magro ou gordo, não vê olhos azuis ou castanhos, não vê a pele branca ou negra, mas vê um ser humano capaz de ser feliz, e perfeitamente lindo a seu próprio modo de ser.