A Caverna do dragão

Cai diante do gigante que se levanta

O opressor inquietante

Deveras fosse ilusão apenas

Mas iludido é o que se conforma

Abaixem os escudos

Ergam os braços e as vozes

Cale-se o dragão

Diante dos guerreiros

Combata o inimigo maior

Que de dentro de ti apenas lhe mostra os campos.

Mas nosso chão é fogo...é guerra

É sangue inocente que toca o chão

É choro infantil que quebra o silêncio noturno

Nosso chão é pedra, é espinho que perfura a alma.

Nosso olhar é perdido num horizonte sem sentido

Numa arena montada para satisfazer nossos desejos

Enquanto o dragão com sua fome voraz devora nossas vontades

Nossos ideais...apenas sobras do que almejamos

Rouba- nos a dignidade o dragão

Já tão castigada e enganada

Traí-nos a confiança já arrasada.

Que caia o dragão

Quando quebrarem o controle remoto

Do tirano sem amor.

Francisco A Silva
Enviado por Francisco A Silva em 26/10/2012
Código do texto: T3952809
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