A Caverna do dragão
Cai diante do gigante que se levanta
O opressor inquietante
Deveras fosse ilusão apenas
Mas iludido é o que se conforma
Abaixem os escudos
Ergam os braços e as vozes
Cale-se o dragão
Diante dos guerreiros
Combata o inimigo maior
Que de dentro de ti apenas lhe mostra os campos.
Mas nosso chão é fogo...é guerra
É sangue inocente que toca o chão
É choro infantil que quebra o silêncio noturno
Nosso chão é pedra, é espinho que perfura a alma.
Nosso olhar é perdido num horizonte sem sentido
Numa arena montada para satisfazer nossos desejos
Enquanto o dragão com sua fome voraz devora nossas vontades
Nossos ideais...apenas sobras do que almejamos
Rouba- nos a dignidade o dragão
Já tão castigada e enganada
Traí-nos a confiança já arrasada.
Que caia o dragão
Quando quebrarem o controle remoto
Do tirano sem amor.