POESIA À DERIVA

GILBERTO BRAZ ALMEIDA

I

Há um poeta anônimo

esquecido no oceano

das palavras...

Há uma poesia à deriva

num barquinho de papel

procurando uma alma mecena...

II

Sou como se fosse um poeta noctívago

de poemas fragmentados e adormecidos...

Mas quando os mecenas acordarem,

as flores de plásticos murcharem,

quem sabe ainda serei lido?...

III

Sinto-me como se fosse

um poeta prepotente...

Faço de minha poesia um grito

que quase ninguém ouve.

Se os mecenas estão mortos...

Então, hei de gritar, gritar, gritar

até o meu último verso!...

gilbapoeta
Enviado por gilbapoeta em 24/02/2012
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