Ciclos do Mundo
Esperança, esperança,
onde você se esconde?
Será que já me esqueceu?
Será que o teu amor por mim, morreu?
Oh esperança, esperança,
que antes nos conhecíamos tão bem,
mas agora até parece que já não somos mais ninguém,
Me explica aí: Como chegaremos mais além?
Você anda tão distante, tão diferente,
nem parece que um dia fomos almas gêmeas.
Você me iludia e eu gostava,
eu até sabia que por muitas vezes você blefava,
Mas eu permitia. Eu deixava,
afinal era sua liberdade atuando em minha existência.
Você foi embora e sequer se despediu.
Despertei e não te encontrei ao meu lado.
Você partiu sorrateiramente e nem permitiu
que eu ao menos soubesse seu paradeiro,
pois certamente correria ao seu encontro.
Você não podia me abandonar, oh esperança!
Esperança desalmada!
Me inquietastes a alma!
Me enchestes de angústia!
Acabou-se a ternura!
Procurei-te nas noites escuras,
e sequer deste-me um sorriso, um sinal.
Tudo bem, nada de mal!
Mas tu irás lembrar nossos dias alegres,
Nossos dias sonhadores,
em que eu deitava no teu colo
e tu me cobrias de amores.
Terei que acostumar-me a viver sem ti, mas uma nova amiga está vindo a me acudir: É a perseverança! Bela companheira!
Tu me deixastes à beira, largastes-me no caminho,
Entretanto, tua parceira me acolheu,
manifestou interesse em mim, desejou caminhar comigo, ser meu ombro amigo, meu fiel escudo, enfim... este é o ciclo do mundo!