COMPLEXO DE NOÉ

Sombra sobre a terra

que sombra não conhecia

nuvens que fazem guerra

em tempos de travessia.

Um vapor regava a vegetação

o povo não conhecia ventos

nem nunca vira um furacão

como arrastam os pensamentos.

Vaporizava o vegetal

o povo não creu na tempestade

na ameaça do vendaval,

na pregação da verdade.

Essa geração não tinha fé,

viviam da opressão,

homem justo era só Noé

oposto daquela geração.

Sombras caiam sobre o povo,

nuvens subiram aos céus

toldou o negro deste corvo

como toldam-se negros véus.

As águas cobriram as raizes

destruiram o mundo imundo,

gritaram povos infelizes,

lançados foram ao fundo.

Cai a noite em manto escuro,

não verá, então, mais a lua,

pois repete o mal no futuro,

explicitas maldades na rua.

Do oriente a Nova-Guiné

repetem as águas das inundações

os filhos de Cão, Sem e Jafé

perdidos em suas gerações.

Surge o arco de cores

indicando que há compaixão

poupando o homem das dores

desta nova geração.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 17/11/2010
Reeditado em 18/11/2010
Código do texto: T2621630
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