COMPLEXO DE NOÉ
Sombra sobre a terra
que sombra não conhecia
nuvens que fazem guerra
em tempos de travessia.
Um vapor regava a vegetação
o povo não conhecia ventos
nem nunca vira um furacão
como arrastam os pensamentos.
Vaporizava o vegetal
o povo não creu na tempestade
na ameaça do vendaval,
na pregação da verdade.
Essa geração não tinha fé,
viviam da opressão,
homem justo era só Noé
oposto daquela geração.
Sombras caiam sobre o povo,
nuvens subiram aos céus
toldou o negro deste corvo
como toldam-se negros véus.
As águas cobriram as raizes
destruiram o mundo imundo,
gritaram povos infelizes,
lançados foram ao fundo.
Cai a noite em manto escuro,
não verá, então, mais a lua,
pois repete o mal no futuro,
explicitas maldades na rua.
Do oriente a Nova-Guiné
repetem as águas das inundações
os filhos de Cão, Sem e Jafé
perdidos em suas gerações.
Surge o arco de cores
indicando que há compaixão
poupando o homem das dores
desta nova geração.
(YEHORAM)