NA MACIOTA

mesmo a dor lamentada

cantada como réquiem

em despedida amarga

deve ser cortejada

como uma dama

um par na dança

embalada nas lágrimas

do questionar

passos e gingos dançantes

mesmo a parceira aziaga

não há de ser molestada

lastimada, denunciada

como feridas abertas

chagas moribundas

têm que ter um charme

um quê de mistério

uns versos reversos

chorando, rindo, dançando

levando a vida

em altos e baixos

alegrias e cansaços...