Mata-me

Senhor converso Contigo agora...

O meu ego e orgulho trouxeram-me o vazio,

Estava repleto de Ti e contente, mas ao derredor o leão me feriu...

Por que preferi me ouvir, e não te consultar?

Socorra-me Pai! Quero ser adubo quando minha carne aflôra...

Pois o adubo tem suas propriedades benéficas... E eu?

Nestas horas não tenho nada e só me prejudico e a outros...

Não quero mais ter minhas vontades, elas são insanas...

Por favor, me socorra! Quero me arrastar até teus pés, quando tê-las!

Prefiro me revirar no chão e chorar por libertação!

Ajude-me Senhor meu! A matar-me! Um suicídio deste que preciso...

Mata-me segundo sua vontade, ela não me machuca a minha sim!

Quero comer o pó das ruas, quando ela vier novamente...

Não me deixa esquecer o que escrevo eu te imploro!

Ajude-me para que não aconteça novamente...

Dói demais cair, desmanchar os castelos que montei...

Mata-me Deus! Mata-me! Preciso morrer para poder renascer!

Renascer nos seus campos belos, onde o choro não me alcança...

Onde o amor e a verdade caminham juntos e alimentam minh’alma!

Aonde sua fonte é cristalina e trás vida eterna...

Onde a sua paz... Trás tranqüilidade e equilíbrio...

E meu sorriso desponta verdadeiro e sem esforço algum...

Mata-me Senhor! Mata-me! Preciso morrer para viver...

Tenho saudades de suas riquezas do seu caminho digno!

Estou impuro e triste não há inspiração...

Mata-me! Deus! Mata-me!

Fazes aliança comigo que não quebre, mata-me enquanto é tempo!

Selo o que digo! Minhas lágrimas e nó na garganta é o que ofereço.

Pelo seu amor... Pela sua causa... Por seu Filho... Mata-me!

Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 02/10/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2534509
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