O Beija-Flor
Dá-me um quinhão de tua parte!
De tuas asas ó Beija-Flor!
A pairar em explícita arte
em milhões de gestos de ardor.
Dá-me dum chão de rosas
Um botão dentre espinhos
E das pétalas cor-de-rosa
Uma noite em teus férteis ninhos!
Que na manhã sedento de aromas
Alimentem-me do pólen ao crisol
e saciado até a noite sem formas
na escuridão ofegante cante na madrugada
a chegada do novo Sol!