Calabouço

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Faço o meu pão no buraco escuro;
Não entendo o porquê desta prisão,
Sinto o olhar rude do espírito duro.

Não sei. Até quando vai esta escuridão?
— Não me condenes com teu olhar tão frio!
Por que tanta ofensa? — Estou na grade!

A hora é lenta neste relógio vil;
Na tua secura, teu império arde;
— Ilustre, como brilha o teu bolso!

... no entanto ainda leio histórias de amor!
E um zunzum da tua boca d´ouro, ouço...
No fim, no meu fim, existirá dor?!...

Ribeirão Preto, 22 de março de 2003.
21h27min.
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 30/05/2009
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