Poesia morta .

Em minhas mãos,  a poesia morta

Em trêmulas falhas escritas

Que fecham janelas e tracam portas

Das catacumbas,  lápides e criptas.

Escreve certo em linhas tortas

Nas nuances angustiantes da vida

E inflama na carne como ferida

Como lâmina afiada a alma  corta

Na jugular,  femural ou aorta

Que nem navalha na carne viva

Meu poema a tristeza ativa

Como lâmina afiada a veia corta

Em minhas mãos a poesia torta

Em trêmulas falhas esctitas

Como lâmina afiada a alma corta

Ferida aberta, exposta em carne viva.

Martins júnior
Enviado por Martins júnior em 31/03/2024
Reeditado em 01/04/2024
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