Terminal deslumbrado

Na riqueza um dia obtida

esquecido foi o brilho do olhar,

permita ao menos o derradeiro implorar.

Não condenemos isso ao nosso

Subterfúgio amor.

Das estrelas empregadas em nossa paixão,

não me permita assim me levar,

Aos pensamentos arrependidos em

nosso querer esquecido,

Nas carícias trocadas no calor

porém encontradas perdidas,

Nas sanguessugas cravadas

em minha pele descamada,

Na nossa taça de vinho aclamada

mas quebrada com o líquido dentro,

A vislumbrar a sua cara descarada

permanecida a me enganar.

Mentira?

Não saberia sequer falar uma vez

se a vida constante é adoecida.

As memórias ao mar perdidas

e o meu suplício no último fôlego.

Barreto Santos
Enviado por Barreto Santos em 21/02/2024
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