Infortúnios

Um dia despertei triste e alegre fizeram-me ficar;

Sorri demasiadamente, copiosamente,

Até pensei ser possível amar.

O sol saiu para passear na noite;

Dançaram estrelas e também constelações,

Festanejou meus desejos e logo,

Chorei de ilusão.

Devaneios do tempo, despejastes lamentos,

Choro em forma de canções.

Meu corpo parou de vibrar,

Fui enganada por quem achei me amar e:

Somente lamentações restaram em mim.

Desejos privados, momentos vazados

Transparecendo em meu olhar;

Nada restou entre nós...Só ilusão de momento.

E eu que achava ser de seu tempo.

Fui anexada ao arquivo morto deste tempo,

E nem sequer palavras tu as ecoastes à mim!

Se tenho medo não sei.

Não sei nem se vida restou em mim.

Tudo que tenho é uma taça de um descompassado veneno

Chamado infortúnio de um amor.

Rogéria Monteiro
Enviado por Rogéria Monteiro em 18/02/2024
Código do texto: T8001887
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