NA IRIS DA FINITUDE 

Os albatrozes que atravessaram 

Os mares dos meu sonhos

Não me alcançaram 

No inverno da minha tristura

 

Pois quando o sol escondeu-se nos montes...

Suas asas cansadas renderam-se aos

lençóis de ébano que aquecem os silêncios noturnos

Feriram então minh'alma, que prostrada num catre de taciturnidade 

Despediu-se no último lampejo

 

Sim, a seta noturna sobrevoou

Os telhados dos meus medos

 

E ainda que eu siga minha senda

Há tempos é sabido...

Que os espectros detrás das muralhas 

Um dia fitaram a hidra

 

Que assassinou

Os homens...

De quem a arrogância os tornaram

Prisioneiros de si mesmos

 

NA IRIS DA FINITUDE

Fabio Ribeiro

Dez/2023

Foto By Ganesh Kumar Perumal