O semeador

Caminhava.

Caminhava pela vida plantando e colhendo flores.

Vivia com os dedos feridos,

a luva de proteção estava desgastada também.

Era de alma perfumada, o moço.

Foi quando, instintivamente,

resolveu plantar cactos,

muitos cactos,

de vários tamanhos e espécies.

As flores sentiram, foram perdendo a viça.

Os cactos ocuparam o lugar das flores.

Estavam lindos e pareciam cobertos de neve,

mais pareciam pelos.

O moço só sabia plantar,

cuidar e chorar.

Virou espinho na carne.

Tornou-se bem longo o caminho!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 08/05/2023
Código do texto: T7782847
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