Solidão

É o relógio em pulso de um cego

É um porcelanato numa loja fechada

É o pedido que a mim mesmo nego

É um relato de uma lógica errada

É pensar que não se tem valor

É não comprar pra não gastar dinheiro

É vêr-se firme diante de um supor

É ir dormir de concha em travesseiro

É crer que certo é ver em preto e branco

É não querer enxergar outra cor

É ter a vida toda em solavanco

É negar tanto a si que nega até o amor.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 14/12/2018
Reeditado em 14/12/2018
Código do texto: T6527113
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