Solidão
É o relógio em pulso de um cego
É um porcelanato numa loja fechada
É o pedido que a mim mesmo nego
É um relato de uma lógica errada
É pensar que não se tem valor
É não comprar pra não gastar dinheiro
É vêr-se firme diante de um supor
É ir dormir de concha em travesseiro
É crer que certo é ver em preto e branco
É não querer enxergar outra cor
É ter a vida toda em solavanco
É negar tanto a si que nega até o amor.