As horas do Amor

A solidão não se cansa

São instantes saltitantes

Que dançam sobre as fontes

E os olhos que antes piscavam

Agora vêem dias riscados

Já é meia noite

E a noite vem cheia

Passeia e esconde

Entre as nuvens.

Minhas ansiedades

E não sei se está tarde

Das levesas da vida

A natureza ainda me enfeitiça

Perco minhas horas

Admirando a aurora

Em seu crepitar no céu

Agora me dizem que estamos em crises

Nos falta o sorriso

Nos falta a sensibilidade

Ficam as lágrimas

Nessa nossa metade

Já é quase natal

E os sinos batem as horas

E quando já se ver

Chega o carnaval

Não esqueça a gentileza

Pendurada nos varais

Entre as horas marcadas

Fim de tarde é que mais dói

É onde a saudade tem hora e lugar

Pra se visitar

Ao terminar o dia

Toma um café comigo

Dizem que no fim tudo dar certo

Até um beijo

Entregue de surpresa

Mesmo que seja só cortesia

Eu diria ser o começo

De uma longa noite

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 06/11/2018
Reeditado em 06/11/2018
Código do texto: T6495910
Classificação de conteúdo: seguro