Céu Escarlate

No céu escarlate

as plumas sopram-se-nas

Para longe das marés afogadas

esmagando o olho lacrimejante

nas rochas salgadas

brumoso cintilante no farol alagado

onde a alma vaga

de mim afastado

nos ventos que afogam os pulmões,

nos amores pulsando corações

Resistindo a anedota criminosa

do orvalho onde a natureza chora enganosa

quebrado neste mundo

como deverás criança eterna

sentada no colo da morte

devendo em si a orar pela própria sorte

inércia da respiração que diz adeus

aos seus olhos desaparecerem

de forma como aviso de premonição

derretido no salgado choro da ilusão

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Wel Soares
Enviado por Wel Soares em 14/02/2018
Reeditado em 03/09/2021
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