Vivendo em função do passado
Já não sei mais o que fazer
Com esse amor doentio
Que vive dentro de mim
Sufocando minh'alma agonizante
Matando-a pouco a pouco.
Quantos anos se passaram, não sei
Porque perdi a noção do tempo
Enquanto esperava você voltar
Esquecendo de viver o presente
Por estar presa ao passado.
E hoje, vendo o meu semblante já cansado
Refletido no espelho da velha penteadeira
Vejo-me frente a frente com a realidade
E sinto que décadas já se passaram
Enquanto por você eu esperava.
Meus cabelos já estão embranquecidos
E as primeiras rugas marcam o meu semblante
Denotando os sinais do tempo
Mas, mesmo assim não consegui libertar-me
Desse amor que vivi no passado.