Amargando o veneno

Já venho um tempo no veneno, com todas essas neuroses, largado como o vento, em meio às psicoses, entre drogas e revólveres

Que municiam o meu ódio, o estopim para essa porra, foi algo ilusório.

Condenado pela vida a carregar esses demônios, que sugam minha alma, da mesma forma que os meus sonhos

Não consigo dormir, a noite é um pesadelo

No mar da escuridão, afogado no desespero

E no peito o receio, marcado como um estigma, vai sentir dor pra sempre, por causa de uma mina

Contamina os pensamentos, o espirito enfraquece, lentamente se afunda, no abismo das pestes

Acuado como rato, com medo do afeto

Sobraram as migalhas, os lixos e os restos

Os restos do meu coração, só os cacos espalhados, e no espelho eu vejo meu reflexo todo zuado.

O rosto abatido, com os olhos vazios, fico me perguntando tiu, o que que a vida fez comigo?

Aquele eterno vazio, que não preenche nem fodeno, só quem já sofreu, sabe o que eu tô dizendo

Juan JCP
Enviado por Juan JCP em 09/08/2017
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