Medo

Foi por medo da solidão

Que louco procurei um amor

Sem saber que amor não se procura

É como em uma noite escura

Encontrar uma brilhante flor

Mas a flor que eu colhi na noite

Não brilha nem resplandece

Ela apenas me magoa

Me espinha e me entristece

E me parece que a flor do amor

A gente só colhe uma vez

E paga um alto preço

Pela errônea escolha que fez

Foi por medo também

Que não me desfiz deste mal

A porta da cela está aberta

Mas meu coração bobo, aperta

Toda vez que desço o degrau

Por medo de ser o algoz

De inocentes corações

Amasso e dizimo a nada

Minhas perdidas emoções

Só uma certeza é que tenho em mente

Que felicidade não posso ter

É respirar fundo e seguir em frente

Até chegar a noite que não tem amanhecer

Fábio Rocha Borges
Enviado por Fábio Rocha Borges em 17/04/2017
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