De repente...

De repente o brilho, ofusca

O sorriso, apaga

As mãos dadas, se largam

O querer passou

Sentimento nem perto chegou...

De repente é página virada

Aquele livro fugiu na estrada

O sol que havia, do nada nublou

A empolgação tornou-se ironia

Os enganos tomaram o dia...

De repente, a moça virou bruxa

malvada

Cada um fugindo pela culatra

O ouro, tornou-se pó anil

Todos fingindo a tal felicidade

Flores secaram depois de um abril...

De repente, o que foi um dia, hoje utopia

Amigos e amores, tudo puro teatro

Muita enganação, muito papo

Realidade muito dura, isso é fato

Cada um seguindo seu rumo, seu barato!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 28/04/2016
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