Pesadelo

Nesta madrugada tive como companhia a hedionda miséria humana

Com suas ilógicas guerras e corpos desfigurados de humanos

Irracionalidades escritas em vários idiomas

Decorados com belos discursos pós-modernos igualmente hediondo!

Vi rostos já sem a beleza da humanidade

Observei atentamente olhos que contemplavam o vazio

E a indiferença de tantos diante da dor

Que faz do ser humano meramente uma peça no tabuleiro da geopolítica mundial...

Fica nítido que o ser humano transita entre a escatologia e a insanidade

Olhares gélidos e cortantes

Que revestem corpos esquálidos de carne putrefata

Que não conseguem mais se movimentar...

Fui invadido por um sentimento de impotência infernal

Na tentativa de fugir do pesadelo

Ou simplesmente esvaziar-me de medo e covardia

E sentar-me ao lado do humano que sou!

Introspecção da própria miséria é cruel...

Queria despertar deste pesadelo

Mas a realidade seria diferente?

Acredito que não: sou humano também!

O nascer de um novo dia se aproxima

Quando a noite chegar terei novamente pesadelo?

Na verdade vou conviver cotidianamente com a condição humana

Tentarei amenizar a minha dor com a poesia!

Professor Luiz Carlos
Enviado por Professor Luiz Carlos em 08/02/2016
Código do texto: T5537099
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