FLORES... VERMELHAS

Lembro de quantas vezes perdoei,

lembro de quantas lágrimas derramei,

por um amor furioso e impiedoso,

sem controle e sem limite.

Lembro de quantas vezes curei,

curei feridas em mim que eram efêmeras na aparência,

mas por dentro viravam cicatrizes horrendas como seus olhos recheados de loucura, de um ciúme infundado.

Fomos jovens inconsequentes,

não sabíamos onde iríamos,

só queríamos um ao outro,

e O outro se mostrou evidente em nossa relação

e hoje, nada mais posso fazer além de sentir sua tristeza permeando o que restou do meu ser

Hoje apenas sinto o cheiro de flores,

flores vermelhas, não brancas...

Você sempre quis que eu gostasse das vermelhas,

mas vermelhas lembram sangue e sangue lembra a morte.

A morte do nosso amor, a morte do meu ser,

quem dera poder reviver e provar

que amor não se faz com violência ou mentiras

e sim com companheirismo e alegrias