Deserto da esperança

Estou triste, profundo,

pelo mundo que vivo.

Sem pão, sem água,

sem abraços, sem beijos.

A profundidade da soberba

de homens como eu

que insistem na esperança

massacrada aos montes

por uma massa falida.

O mundo está engolindo

forçosamente os sentimentos

mais sublimes dos homens.

Falta-nos tudo,

não há alegria

nesta ciranda sem dança!

O que era pra ser amor

virou lágrimas,

ofensas!

No lugar da bênção colocaram

a maldição, vestida de ouro.

Estou triste mas não posso

deixar de alimentar

o que ainda espero

séquito e constante!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 19/12/2015
Código do texto: T5484817
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