Cupido Livrai-me

Cupido que me flechaste.

Dia a dia tu me mataste.

Por favor, me curaste.

Mostrei-me o este.

Onde o Sol nasceste.

Cupido tu me acertaste.

Pensava eu estar no mundo das maravilhas e ter encontrado “Alice”.

Fazei com que eu aterrisse.

Por favor, me afaste!

Sonho contigo toda noite.

Nos sonhos és rainha.

Ilusão minha,

Agora te vejo como açoite.

Afrodite, deusa do amor.

Quando mostrai-me tua face.

Perdeste o valor.

Quanto dissabor.

Que me proporcionasse.

Cupido filho de Afrodite.

Reflexão me permite.

E por que ei eu de sofrer?

Se depois da noite obscura, vem o alvorecer.

Por que eu espero tanto?

Deusa celestial.

De uma esfera surreal.

Que possuía meu amor incondicional.

Perdeste o encanto!

A mulher que você tanto deseja.

Que te levava ao êxtase, à loucura.

Tua ausência tornou-se a cura.

“A mão que afaga é a mesma que apedreja”.

Queria cobrir-te com meu manto.

Queria vestir-te com meu véu.

Pensar nisto agora me causa espanto.

Do que eu sentia, sobraram apenas pedaços de papel.

Já dizia Jorge Luiz Borges que “a única vingança e o único perdão é o esquecimento”.

Sábio poeta argentino.

Obrigado senhor por livrar-me do sofrimento.

Tornai-te homem, celeste menino.

Reinventas teu destino.

A partir deste momento.

Enquanto eu te amava.

Você era atriz.

E como tal, atuava.

Enquanto pensava eu ser feliz.

Assim como na música “Até o Final”, no começo eu queria apenas a impressionar,

Mas observei que além de possuir uma beleza estonteante e hipnotizadora, tinha qualidades muito além do que os meus olhos poderiam enxergar.

Por isso, falsamente, me apaixonei.

No momento, vejo que me enganei.

E só quero me distanciar.

“O doce do seu beijo enfeitiçou meu coração”.

No meu caso, despertando infinito desejo

E indescritível paixão,

Mas hoje eu vejo,

Foi apenas uma incessante ilusão.

E quanta decepção!

Eu já quis seguir na simetria

Da música e ficar contigo, até o final.

Agora te quero longe dia após dia.

Senhor, por favor, livrai-me do mal.

Pois daqui em diante, eu quero ficar bem.

Amém!

Jamais me esquecerei

Tamanha falta de consideração.

No aniversário de seu filho

Perdeste o teu brilho.

E se um dia eu te amei,

Aqui jaz o meu coração.

Uma parte de mim, sempre vai te odiar,

Por ter me feito te amar

E me abandonar.

Não querer prosseguir.

Outra parte de mim, sempre vai te idealizar,

Por me fazer recuperar a gana e reconquistar

Como uma flor, a desabrochar,

A vontade de expandir.

A segunda parte prosperará

E semeará

O que um dia eu senti.

Na verdade, quem sabe, um dia ela voltará

E se você estiver lá, pensará

“O que foi que eu perdi?”.

Gui Machado e Jorge Luiz Borges
Enviado por Gui Machado em 23/10/2015
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