Poesia a esmo
E eu que te procuro em vão
Em todo canto, até senão, no fim de cada rua
No pensamento, nos perfumes, na palma da mão
No ciume, no vinho, onde houver pegadas suas...
Já nem espero enfim, chegar a um consenso
Se te espero, no fim, estou sempre sozinho
E se desisto, é terror, aí sim não aguento...
E assim vou andando, nas ruas nas praças
Em jardins, em parques, na estrada
Com coração dolorido de morrer
E olhando pro céu sinto o peito inchado
Suspiro sentindo com os olhos fechados
Essa saudade, que saudades de você.
Preciso de um vício melhor que o passado
Mas tenho tanta vontade de ter ver
Aperto os punhos, com os dedos gelados
Quando bate a vontade de te ter.
Se me visse agora, sofrido, iria te dizer:
Seja feliz, tenha amor de quem esteja ao seu lado
Que você nunca, jamais venha a saber.
Como é ruim a gente amar sem ser amado...