Poesia a esmo

E eu que te procuro em vão

Em todo canto, até senão, no fim de cada rua

No pensamento, nos perfumes, na palma da mão

No ciume, no vinho, onde houver pegadas suas...

Já nem espero enfim, chegar a um consenso

Se te espero, no fim, estou sempre sozinho

E se desisto, é terror, aí sim não aguento...

E assim vou andando, nas ruas nas praças

Em jardins, em parques, na estrada

Com coração dolorido de morrer

E olhando pro céu sinto o peito inchado

Suspiro sentindo com os olhos fechados

Essa saudade, que saudades de você.

Preciso de um vício melhor que o passado

Mas tenho tanta vontade de ter ver

Aperto os punhos, com os dedos gelados

Quando bate a vontade de te ter.

Se me visse agora, sofrido, iria te dizer:

Seja feliz, tenha amor de quem esteja ao seu lado

Que você nunca, jamais venha a saber.

Como é ruim a gente amar sem ser amado...

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 02/08/2015
Reeditado em 23/03/2016
Código do texto: T5332772
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