SOBRE AS PEDRAS

SOBRE AS PEDRAS

Hoje a caneta gráfica da espera

Dos idos versos despedaçados...

Na pele da guerra, enlutados,

Deformados...

O beijo rejeitado no canto,

Um gemido,

O espelho trincado...

Nas cordas de um violão desafinado.

O toque da música na face da lua,

Noite escura, na janela do amor...

Eras o poema, o encanto, o prelúdio,

O pronome em minha alma contido...

O brio no lacrimejar dos olhos,

O meu verso colorido.

Mas assim como o fim e o início,

Seguram as mãos num edifício,

A luz e a escuridão num coro uníssono,

Dividem os céus na imensidão,

Tu foste minha lágrima e meu riso,

O espinho e a cura na redenção...

O cálice do vinho tinto,

Na dor do coração...

As marcas na linha do tempo...

O eco devolvido.

Poesia Marisa Zenatte

Direitos Reservados.

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 21/05/2015
Código do texto: T5249819
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