Biblioteca
Me sinto livre em suas exclamações
Enquanto eu vivo em minhas reticências ...
Só interrogações, vírgulas, suspiros, silêncios.
Pausas constantes, longas e indefinidas.
Olhando seus detalhes, leio
Mais do que se todas as línguas soubesse
E mesmo assim me torno analfabeto
Com a proximidade do seu sorriso
Sou esse tal poliglota inculto
Tanto a lê e tão pouco a escreve
Que se atreve a ser inscrito
Nas pequenas notas de seu rodapé
Antevendo que grandes histórias
Se contam nas entrelinhas
Quem sabe? Nessas suas belas páginas
Serei mais do que papel, tinta e indiretas