DELÍRIO (P/ A PALAVRA É ARTE)

DELÍRIO

Estou muito só!

Nesta sinuosa estrada sem fim

Refém de lembranças e armadilhas

Que o destino reservou para mim

Que sufoco!

Paro, olho ao redor, e o que vejo!

Sombras que me afetam o Juízo

Assombrosos fantasmas em um cortejo

Em ânsia louca a mão estendo

Sem encontrar onde a fixar

Sinto a meus pés o chão faltar

A vida por certo quer me abandonar

Socorro!

O mundo sobre mim está a desabar

Da minha voz já não ecoa o grito de esperança

Emudeceu desiludido o meu cantar

A alegria dissolveu na torrente de lágrimas

Escoadas em momentos de total solidão

Permitiu o amor indefeso ser emaranhado

E aprisionado em uma rede de intriga e traição

Ai, adeus mundo ingrato!

Talvez na eternidade, feliz eu venha ser

Fica, faz de cada um que amou como eu

Mais uma de tuas vítimas em cada anoitecer

MIRA MAIA 21/02/13