A aflição dos poetas.
Rendo-me, então imploro,
dê-me caneta e papel.
Meu coração quer agora,
derramar-se feito mel.
É a saudade inquieta.
Dor amarga e aflitiva.
É a dor que os poetas
versejam por toda vida.
Já aprendi com brevidade
A duras penas, eu que o diga
Na vida, algumas verdades
doem mais que mil mentiras.
Só quem já fez confidencia à lua
em noites tristes e frias,
é que em momentos de amargura
sabe escrever poesias.
Ah que sina! a dos poetas
Que se apaixonam pra viver.
Essa é a vida que nos completa.
Mas ninguém pode entender.
Ai de ti poeta,
se não amares pra valer.
Pois poeta que é poeta
não é poeta sem sofrer.