Amor Covarde

Como um lapso de memória

Que traz de volta uma lembrança absorta

Agora vejo os teus olhos

Tão claros, quanto meu encanto se mostra

Enquanto não tenho a quem amar

Focalizo meus devaneios em ti

Paixão platônica consciente

Que me entristece, que me faz rir

Me relembro das chances desperdiçadas

Ocasionais, pelo poltrão que sempre fui

Covardia incontrolável, desgraçada

Que a mim nada acrescenta ou contribui

Talvez não devesse me importar

Apenas permitir acontecer

Se em algum romance me esbarrar

Torcerei pra que seja você

Pode até ser que meu amor

Torne-se teu enfim

Me limito à imaginação

O mais, não depende de mim

Ou sim.