TÚNEL DO TEMPO

TÚNEL DO TEMPO

Meus pés descalços na contra mão

O vento na volúpia da imensidão

O eco do espaço entre o sim e o não

O compromisso da estação

A luz a sombrear o sol

A lua a clarear a escuridão

O conflito entre o erro e a imperfeição

Na lágrima da emoção

O grito sussurrando o luto

E o silencio aplaudindo a razão

Quantos saltos ao fracasso

No abraço da realização

Teu pulso jorrando aço

Teus passos na proporção

Da quantia farta

Rostos amarelados pelo ódio

Diante do perdão

Rasgam o papel da história

A tinta da memória...

O sal e a rotina

Sangrando a vida

No doce sonho da redenção

Homens famintos de si

Ao encontro do riso

Fazem do precipício

Um parapeito do viver

Sem sentirem na língua

O gosto santo da entrega

Pelo amor e pelo saber.

Poesia Marisa Zenatte

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 19/12/2012
Código do texto: T4043045
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