Esquivo-me...
Quando vejo os olhos da saudade,
Tento não fixar o meu olhar.
Não quero que ela veja quão maldade,
Resolvendo aparecer e fazendo-me sangrar.
Quando encontro na noite a solidão,
Nem puxo conversa, prefiro me calar,
Não quero que ela saiba que meu coração é livre chão
Que se curva ao teu imperar.
Quando reconheço a alegria,
A vejo sempre sorrindo,
Espanta-me ainda ser parte do meu dia.
Ou estaria ela mentido?
Quando sinto o cheiro do meu amor,
Resolvo não tentar abafar,
Doce e abafado pode se tornar odor,
Amo apenas amo mesmo se eu me calar.
Esquivo-me da saudade,
Escrevo e sinto esta solidão.
Embora a alegria seja doce bondade,
Compôs fragrância de um amor por ilusão.
10/09/2012