Eu amava a beleza.

Então te amei, aos quinze anos.

É fácil amar aos quinze anos.

Fácil sentir, falar e querer.

Então eras a mais brilhante e também bela.

Eu olhava a altivez e sentia temor.

Eu olhava a beleza e sentia amor.

Eu amava a beleza.

Quando o tempo puiu as covinhas,

Depois que vi que não era minha,

Quando a dor já consentia calar.

Quando eu me vi libertado,

Dos braços que tanto me amou,

Logo segui o teu rumo, queria despertar o amor.

Eu buscava clareza.

Achei os teus olhos então, e a altivez era intacta.

Ouvi sua voz outra vez, rouca...meiga...

daquelas que mata.

Não despertou-me o prazer...já não queria te amar.

Passados os anos sem ser minha...

A OUTRA GANHOU SEU LUGAR.

EU AMAVA A BELEZA.