Estranha Sensação

Estranho este gelo que me toma

Parece que está próxima a hora

Acho que vou mesmo morrer

Cenas estranhas e sem razão me vem a mente

Passado, futuro, presente

Como se tudo se confundisse

Palavras que eu mesma disse

Não estou compreendendo

Dessa vez, nem pedi veneno

A vista amarga,

Assim como a voz se acalma

E quase não falo

Parece que meu peito não mesmo de aço

Esse coração palhaço

Bate agora descompassado

Posso sentir o cheiro do barro

Fresco, meio molhado

Sinto o frio do tumulo, escuro e gelado

E essas flores sem vida...

Chegou o momento

Dos germes vou virar comida!!

Maria Melo
Enviado por Maria Melo em 08/03/2012
Código do texto: T3542946
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