SILHUETAS DE TI

A capacidade do meu coração

Em absorver os fatores externos

De desamor e desilusão, esgotou-se...

E agora me assusta esse coração

Tão frio como o gelo e inalcançável como as estrelas!

Oh! Deus! Como pude deixar os revezes da vida

Perturbarem tanto o meu modo de ser?

Por que abalou-me tanto os malefícios

Da insensibilidade, corolário da desilusão?

Seguindo os ditames do meu coração,

Sou agora indiferente entre o certo e o errado.

E sigo inflexível entre ágmas dos suspiros tristes,

da afasia e das venturas passageiras

dos risos ensandecidos do fulgor e da alegria.

No meu céu de brancas nuvens

Dissiparam-se os sonhos!

Já não sinto o sol afagar-me, nem vejo a brisa tremer!

Mesmo assim, com os olhos marejados,

Uma saudade fina me invade, trazendo silhuetas de ti.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 03/03/2012
Código do texto: T3532547
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